Brasileira de 17 anos sofreu overdose antes de desaparecer nos EUA

Há mais de 20 dias, a brasiliense Manuela Keller Cohen, de 17 anos, está desaparecida em Washington. O caso ganha contornos ainda mais complexos com a revelação de que a jovem sofreu uma overdose apenas oito meses antes do sumiço, envolvendo um suposto namorado de 21 anos.
Manuela, em tratamento contra depressão e ansiedade há três anos, recebeu alta de uma clínica especializada em março deste ano. Contudo, um episódio de overdose de fentanil colocou novamente a adolescente em alerta. Seu pai, Bruno Cohen, relata que a droga foi fornecida pelo mesmo jovem que agora nega qualquer envolvimento amoroso com a garota.
A família Cohen, após o segundo incidente, decidiu mudar-se para Brasília, buscando um ambiente propício para a recuperação de Manuela. No entanto, há 17 dias, a adolescente saiu de casa sem celular nem chaves, prometendo voltar em duas horas. Desde então, não há notícias concretas sobre seu paradeiro.
No último dia em que foi vista, Manuela fez questão de garantir que seu pai estaria em casa, pois saiu sem as chaves. Quando o horário previsto para o retorno passou sem sinal da jovem, Bruno e sua esposa Sofia foram à polícia, registrando o boletim de ocorrência às 21h30.
Um elemento intrigante da história é uma mensagem de texto recebida pelos pais no dia seguinte ao desaparecimento, alegadamente enviada por Manuela. O texto informava que a adolescente estava com amigos em Baltimore, mas não revelava quem a acompanhava.
Após a notícia do desaparecimento, os pais tiveram acesso ao celular e ao computador deixados pela jovem, descobrindo um relacionamento que ela mantinha com o mesmo rapaz de 21 anos. Embora amigos confirmem a relação amorosa, o suposto namorado nega o envolvimento e afirma manter apenas uma amizade com Manuela.
Diante da falta de avanços na investigação policial, os pais decidiram contratar um detetive particular. Segundo eles, as apurações paralelas têm obtido progresso, revelando inconsistências nas informações fornecidas pelo suposto namorado.
O Consulado-Geral do Brasil em Washington informou estar acompanhando o caso, mas, devido às legislações de privacidade, não pode fornecer detalhes adicionais. A polícia, até o momento, não colaborou com o detetive particular contratado pela família.
O desaparecimento de Manuela Cohen permanece como um enigma, envolvendo uma trama complexa de overdose, relacionamentos conturbados e um cenário de incertezas que angustia sua família em busca de respostas.
Para ajudar com informações, ligue (202) 576-6768 ou (202) 727-9099